Em reunião da Executiva da CUT-RS, realizada na quarta-feira (10), na sede da entidade, ficou evidenciada a disposição dos movimentos sindical e social de transformar Porto Alegre na capital da defesa da democracia e dos direitos entre os dias 22 e 24 de janeiro. Segundo relatos das representações de diversas categorias presentes ao encontro, estão sendo organizados comitês, grupos de trabalho, blocos de resistência e outras iniciativas, em diferentes regiões do RS, com o objetivo de promoverem ações em defesa da democracia e do direito do ex-presidente Lula concorrer à presidência da República na eleição de 2018. Muitos grupos devem estar em Porto Alegre para participar da vigília, que inicia no dia 23 e se estenderá até o final do julgamento, marcado para o dia 24, a partir das 8h30.
O julgamento acontecerá no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), em frente ao Parque da Harmonia. Nesta data acontece o julgamento do recurso do ex-presidente Lula no processo referente ao caso do tríplex do Guarujá (SP), a partir de decisão do juiz Sérgio Moro, de primeira instância que o condenou sem provas porque não tem o crime.
O presidente da CUT-RS, Claudir Nespolo, destacou a importância da participação e a responsabilidade de cada um no que definiu como um momento histórico. “Os olhos do mundo estarão em Porto Alegre e será um momento importante para desmascarar setores do judiciário e da mídia que atuam como verdadeiros militantes políticos a serviço dos tucanos e do capital, com o claro objetivo de dar continuidade ao golpe implantado no Brasil para atacar e retirar direitos trabalhistas, fazer a reforma da previdência e retroceder nos programas sociais que estavam fazendo a diferença para milhões de brasileiros”, pontuou ele. Segundo Claudir, a organização tem sido no sentido de realizar mobilizações pacíficas, dentro do direito legítimo de se manifestar livremente, previsto na Constituição.
Panfletagem em todo o Estado
A extensa agenda de atividades inclui importantes ações preparatórias para os dias 22, 23 e 24 de janeiro. Desde a segunda-feira (8), por exemplo, iniciou um calendário de panfleteações de material da CUT-RS em diversas cidades do Estado, esclarecendo sobre o processo contra Lula e a sua relação com as reformas do Temer, entre elas a da previdência, prevista para ser votada dia 19 de fevereiro. O material está sendo distribuído nas portas das fábricas e outros locais públicos, como estações de trens, pontos de ônibus e espaços de grande circulação de pessoas.
Movimentos sociais e organizações comunitárias também estão se organizando, a partir de plenárias em bairros, para realizarem atividades nestes dias, especialmente no dia 24, marcando a data como um dia de defesa da democracia e do direito do povo escolher seus representantes, a partir da lógica de que eleição sem Lula é fraude, já que não há provas para a condenação do ex-presidente. Para o presidente da CUT-RS, a iniciativa demonstra o envolvimento da população no processo e evidencia que o povo está acordando para o golpe e para as manobras que têm sido articuladas para condenar o ex-presidente Lula.
‘Vakinha’ solidária
Outro ponto tratado na reunião foi a necessidade de solidariedade entre os trabalhadores, para possibilitar a participação de todos os setores nas atividades. Além de iniciativas como organização de comitês e de caravanas, foi reiterada a importância da participação na vakinha virtual, da Frente Brasil Popular, com objetivo de arrecadar recursos para dar estrutura às manifestações. As doações podem ser feitas no link https://www.vakinha.com.br/vaquinha/em-defesa-da-democracia-e-de-lula-ser-candidato-fbp-rs
*Com informações da CUT-RS do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul