A grande imprensa, como o próprio nome sugere, trata-se de um termo utilizado para definir veículos de comunicação de amplo alcance e audiência. Na prática, refere-se à mídia de massa.
A expressão é utilizada para designar os maiores meios de comunicação. Isso inclui, mídia impressa, redes de televisão, estações de rádio e mídias online. Contudo, não há, ainda, uma regra ou critério definido entre entidades, pesquisadores e players do setor para um veículo ser definido dessa forma.
Mesmo com o avanço tecnológico e a chegada de outros canais de comunicação em massa, os tradicionais veículos da grande imprensa destacam-se até hoje. Isso porque essas empresas registram notável penetração junto à população.
Divide-se em jornais e revistas. Pode ser considerado o mais antigo meio de comunicação de grande alcance. Um produto que foi consequência da comunicação e seus diversos assuntos (editorias). O primeiro, que por muito tempo, concedeu espaço para atividade profissional jornalística.
Segundo meio de massa da história, surgindo após a comunicação impressa. Dessa vez, utilizando a tecnologia da propagação de longas e pequenas ondas eletromagnéticas no espaço. No início, diferentemente do jornal impresso, o rádio demorou para ganhar destaque, justamente pela falta de receptores para a maioria do público.
Você sabia? Há pesquisadores que atribuem à invenção do rádio a um brasileiro, o padre Landell de Moura.
Logo após o rádio, a TV surge como ápice dos grandes veículos de massa. Afinal, é impossível não considerar uma tecnologia que consiga unir imagens e áudios em um só lugar, uma invenção ousada e totalmente inovadora para a época (na década de 1920). Apesar do sucesso, a televisão tinha o mesmo problema do rádio. Ou seja: no início, os televisores não eram de fácil acesso.
Apesar de não ser tão antigo quanto os demais, um veículo genuinamente online pode ser considerado como parte da chamada grande imprensa. Classificação que ocorre justamente pelo dinamismo e alcance. O portal UOL, por exemplo, conta com mais de 630 milhões de visitas por mês, conforme indica a plataforma SimilarWeb.
Diferentemente dos novos canais de comunicação, que possuem uma abertura maior para moldar e segmentar sua audiência de acordo com a situação ou assunto, a grande imprensa procura sempre preservar sua essência e manter seu foco principal: informar, educar e entreter.
Obviamente, apesar de buscar sempre manter sua estrutura cultural e política, houve atualizações e adaptações importantes que tiveram que ser implementadas ao longo das diversas fases da era digital.
Inclusive, com a chegada da pandemia, aumentou-se a discussão sobre a sobrevivência da velha mídia nos tempos atuais e se, de fato, os veículos tradicionais aguentariam manter a regularidade da audiência ao longo da programação.
Ainda hoje, existe uma questão acerca da mídia local quando comparada com a mídia nacional. Afinal, qual a diferença?
Geralmente, projetos regionais, seja televisão, rádio, impresso ou online, tendem a dar mais destaque a determinada pauta de acordo com o interesse público daquela cidade, região ou bairro.
Obviamente, uma notícia publicada num grande veículo de comunicação — de âmbito nacional — tem impacto significativo, mas, ainda assim, a familiaridade e interesse público no noticiário local é maior.
Vale ressaltar que uma emissora de televisão, definida como integrante da “grande imprensa”, pode ter afiliadas dividindo a grade de programação. Gerando um conteúdo de qualidade e que atenda às expectativas dos mais diversos públicos.
Exemplo do que ocorre com a Rede Globo de Televisão. No ‘Jornal Nacional’, que é exibido para o Brasil inteiro, assuntos relacionados ao país como um todo ganham mais espaço. Um buraco na rua em Votuporanga (SP) ganhará, certamente, mais destaque em algum telejornal da TV TEM, afiliada da Globo na região.
Além do conceito de “grande imprensa” e “imprensa local” há ainda o que pode ser chamado de mídia segmentada. Na prática, ela é um desdobramento da comunicação em massa, que propõe conversar com o Brasil inteiro, mas dentro de um único tema.
Dificilmente, um assunto ou uma pauta vai atender a todos os públicos. E utilizando uma comunicação segmentada é possível identificar o real grupo de interesse sobre determinada editoria e traçar grupos distintos de audiência.
Apesar de encontrarmos materiais segmentados em todos os veículos de comunicação, a internet se destaca por ser o meio onde a comunicação segmentada pode ser melhor adaptada e aproveitada. Afinal, possui maior flexibilidade de acesso. O GE.Globo, por exemplo, propõe-se a falar somente de esportes. Mesmo assim, é um veículo de massa. Segundo o SimilarWeb, teve mais de 800 mil visitas somente em maio deste ano.
De forma direta, sim, como no caso do GE.Globo. A comunicação segmentada busca atingir um público-alvo menor e mais exclusivo, mas isso não significa ter uma audiência mais baixa. Graças aos diversos assuntos segmentados, pessoas com interesses e características em comum, de diversas regiões do mundo, podem juntas interagir e desfrutar de assuntos específicos.
Uma página destinada aos fãs de esporte, por exemplo, além de possuir um grande alcance, detém uma procura expressiva no online, de pessoas que buscam outras pautas sobre o assunto que, na maioria das vezes, por falta de espaço e por não fazer parte do planejamento, não conseguem ser supridas pelos tradicionais veículos de comunicação. E assim vale para qualquer editoria.
A grande imprensa compreende essa necessidade e, por isso, com o auxílio do online e das redes sociais, administra páginas de diferentes segmentações, utilizando-se do conceito de transmídia e crossmídia com os seus conteúdos. Podendo, dessa forma, trabalhar todos os assuntos de modo conectado e reforçar a audiência da sua comunicação segmentada.